O que é autismo? Geralmente manifesta nos anos iniciais da criança, entre 1 ano a 3 anos. Apesar de, os sinais iniciais aparecer já nos primeiros meses de vida. O autismo se constitui por um distúrbio que afeta a comunicação e capacidade de aprendizado e adaptação da criança.
Os portadores de autismo têm grande dificuldade me estabelecer relacionamento social ou laços de afeto, demonstrando viver um mundo isolado. Porém apresentam o desenvolvimento físico normal. Ainda na infância é possível observar características de um criança com autismo. Por meio da comunicação não verbal, pesquisadores da Universidade de Miami, nos Estados Unidos descobriram que gatilho para perceber a doença está na observação feita pelos pais. Pequenas falhas gestuais, o jeito que o bebê pede o que deseja e como reage quando lhe apontam para alguma direção.
Mãe e filho
“O olhar é extremamente importante para demonstrar o vínculo materno. Enquanto é amamentado, o autista pode não fitar a figura da mãe e ter um olhar perdido”, explica o médico Estevão Vadasz, coordenador do Programa de Transtornos do Espectro Autista do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo. Além disso, o fato da criança aceitar estar no colo de qualquer outra pessoa que não seja do seu convívio, também pode apontar como característica do autismo. O autista sente-se confortável com qualquer um. Outro sintoma é o choro constante, ou uma apatia em excesso. A união entre coordenadores, supervisores, gestores, professores e família é a chave para o sucesso da inclusão escolar. As informações fornecidas pelos pais aos professores sobre o comportamento do aluno, frequência escolar e atividades que são feitas em casa é muito contribuem para o planejamento de cada aula e é parte fundamental do processo de aprendizagem do deficiente.
Na escola
As experiências na sala de recurso podem ajudar o professor do ensino regular e vice-versa. O diálogo entre pais e professores deve acontecer constantemente, a fim de, trocar vivências e aprendizado. A mediação acontece através da equipe gestora que é responsável por encaminhar e orientar as partes. Observando sempre, o ritmo de cada aluno em sala, as adequações de atividades e fornecendo feedback das ações.
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O atendimento em sala de recursos multifuncionais, local exclusivo em muitas escolas para aprendizado de crianças com deficiência e distúrbios, deve ser definido através de um cronograma. Pais e alunos devem pensar e ajudar a montar esse horário, que é muito importante para desenvolver um trabalho proveitoso e de valor para o professor que atua neste local. Porém, deve haver um plano específico para cada aluno.
O uso da tecnologia a favor das crianças desperta o interesse de todos. Os meios digitais ajudam e incentivam o aluno a dar o seu melhor, consequentemente, contribui para sua evolução. Softwares educativos podem contribuir com o cognitivo para construir frases e cálculos matemáticos. O mais importante é saber que todos alunos são capazes, independentemente, da sua condição mental ou física. É importante que ninguém se julgue incapacitado.
A escola deve buscar compreender quais são as dificuldades e os tipos de soluções que se encaixam melhor dentro da realidade de cada indivíduo. Assim, será possível dar instrumentos para que o aluno seja capaz de desenvolver sua própria autonomia no dia a dia, tanto na vida pessoal, quanto na escolar. Eventos, gincanas e outras ações da escola devem considerar sempre a participação do autista.
Fonte: Saúde Abril